Num jogo em que falhamos demasiados golos, acabamos por passar por alguns dissabores, porque facilitamos mais do que devíamos…
Tal como tem sido habitual nos últimos jogos, entramos muito fortes nas movimentações ofensivas, com muita dinâmica e critério, levando a que as oportunidades de golo aparecessem em catadupa, até que aos 5 minutos, e já depois de várias oportunidades de golo falhadas, Catarina inaugura o marcador num golo fantástico em que a bola entra no ângulo superior direito da baliza adversária. Após termos inaugurado o marcador, a tendência do jogo continuou da mesma forma, não sendo por isso de estranhar o aumento do marcador aos 12 minutos por Tânia, que segundo após ter entrado na quadra, recupera a bola no meio campo ofensivo, finta a GR adversária e aumenta a contagem para 2-0. A partir daqui pensar-se-ia que iríamos arrancar para uma goleada, tendo em conta quantidade de oportunidades de golo criadas até então e os 2 golos de vantagem que deveriam dar-nos uma maior tranquilidade, mas puro engano, pois a partir daqui ligamos o “complicómetro” e começamos a complicar as nossas acções ofensivas e defensivas, juntando a pouca clarividência e a ansiedade de chegar à baliza muito rapidamente a algum facilitismo… o que fez com que nossas acções se tornassem muito “trapalhonas” e pouco inteligentes, ao invés, o adversário, como que ferido no seu orgulho, demonstrava cada vez mais uma atitude aguerrida e crente, até que aos 17 minutos consegue reduzir para 2-1, num lance em que, mais uma vez, mostramos alguma ingenuidade e displicência na abordagem defensiva. O golo acordou-nos, pois reagimos bem e de forma convicta e 3 minutos depois chegamos ao 3-1 por intermédio de Salomé, a finalizar uma jogada de um canto estudado (o segundo consecutivo em 2 jornadas), levando o marcador de 3-1 para o intervalo.
Na 2ª parte, o adversário veio mais aguerrido e criou-nos bastantes mais dificuldades, aliada à passividade e permissividade da dupla de arbitragem, pois houve casos de excessiva dureza que puseram em causa a integridade física de algumas atletas, mas muitas faltas não foram marcadas e as que foram, em alguns casos, deveriam ter sido punidas disciplinarmente, levando-nos a uma 2ª parte com menos qualidade, pois além disso, também demonstramos algumas dificuldades em encaixar no sistema de jogo muito directo do adversário, com a bola a ser lançada quase sempre nas nossas costas com passes de 20 e 30 metros, o que levou a um jogo com muita bola no ar e muito contacto físico, o que não condiz em nada com a nossa forma de jogar. Mesmo assim, íamos conseguindo anular as acções ofensivas do adversário e criando muitas oportunidades, mas a GR adversária com algumas intervenções importantes, aliada à nossa ineficácia, não provocaram nenhuma alteração no marcador, até que a 5 minutos do fim, acontece o inesperado e o CSP Carvalhosa reduz para 3-2 num lance em que a bola entra nas nossas “costas”, ficando a adversária sozinha com Andreia. O golo provocou maior crença na equipa adversária, mas também a consciencialização da nossa parte que teríamos que matar o jogo rapidamente e lançamo-nos em busca do golo da tranquilidade que viria finalmente a acontecer à entrada do último minuto, através de penalty , depois da GR adversária fazer uma falta claríssima a Joana Aguiar dentro da área, Raquel foi chamada a converter a grande penalidade e não desperdiçou, colocando a vantagem no 4-2 final.
Em resumo, jogo difícil por demérito nosso, pois fomos as principais adversárias de nós próprias, complicando um jogo que tinha tudo para ser fácil, no entanto há que dar mérito ao adversário que com as suas armas nunca deixou de acreditar e lutou até ao fim, valorizando a nossa vitória. Vencemos, e isso é que é o mais importante, mas temos que tirar daqui a lição de que em momento algum poderemos facilitar… Parabéns pela vitória e venha o próximo!!
Sem comentários:
Enviar um comentário