1. Quem é o Pedro?
Sou uma pessoa simples e alegre que gosta muito conviver e divertir! Tenho uma paixão enorme pelo desporto, principalmente por Futsal, e tenho como objectivo de vida ser o mais feliz possível junto de todos os que gosto e gostam mim.
2. Percurso desportivo:
Depois de alguns anos como atleta (Futebol), iniciei-me como treinador aos 18 anos no Futebol, treinando a equipa de Escolas no C. Atlético de Rio Tinto, e na época seguinte os Infantis. A entrada no Futsal deveu-se a um convite da Escola D.C. Gondomar para criar uma equipa de Infantis, ao qual eu aceitei, apesar de não ter qualquer formação da modalidade, mas o projecto entusiasmou-me e dediquei-me a 1000% em a aprender... Durante 10 anos treinei todos os escalões da Escola D.C. Gondomar, desde o Feminino ao Masculino até o início da época de 2007/2008 (juntamente com a equipa de Veteranos da A.C.C.D. Hospital de São João durante a época 2004/2005). A meio época de 2007/2008 e durante toda a época de 2008/2009, liderei a equipa sénior masculina do Invicta Futsal Clube e desde 2009/2010 que a minha "casa" é a equipa senior feminina do A.C.D. Mindelo.
2. Percurso desportivo:
Depois de alguns anos como atleta (Futebol), iniciei-me como treinador aos 18 anos no Futebol, treinando a equipa de Escolas no C. Atlético de Rio Tinto, e na época seguinte os Infantis. A entrada no Futsal deveu-se a um convite da Escola D.C. Gondomar para criar uma equipa de Infantis, ao qual eu aceitei, apesar de não ter qualquer formação da modalidade, mas o projecto entusiasmou-me e dediquei-me a 1000% em a aprender... Durante 10 anos treinei todos os escalões da Escola D.C. Gondomar, desde o Feminino ao Masculino até o início da época de 2007/2008 (juntamente com a equipa de Veteranos da A.C.C.D. Hospital de São João durante a época 2004/2005). A meio época de 2007/2008 e durante toda a época de 2008/2009, liderei a equipa sénior masculina do Invicta Futsal Clube e desde 2009/2010 que a minha "casa" é a equipa senior feminina do A.C.D. Mindelo.
3. Fale-nos um pouco do seu atual clube.
A ACD Mindelo é um clube muito organizado e forte ao nível directivo, que proporciona à secção de futsal feminino todas a condições para um bom desenvolvimento. É um clube onde predominam os valores da humildade, do trabalho e dedicação, e é essa mensagem que é passada para as atletas, e é com base nisto que lutamos para chegar o mais alto e mais longe possível.
4. Qual é o balanço que esta a ter da pré-temporada da sua equipa?
Vou responder da mesma forma que o fiz há uns dias no meu blogue pessoal:
"Não queremos ser campeões da pré-época, o que mais nos interessa nesta fase é adquirir um forte ritmo competitivo, elevar a condição física ao máximo, consolidar processos e automatismos coletivos para que no início do campeonato estejamos fortes e competitivos.
Quando elaboramos a pré-época, decidimos que os adversários que iríamos defrontar neste período seriam sempre com equipas de nível igual ou superior à nossa, pois só assim é que entendemos ser possível evoluir para patamares superiores, é um risco calculado e que em nada abala a nossa confiança, pois a nossa estratégia é que independentemente do valor do adversário, todas as atletas possam jogar o máximo de tempo possível para que a evolução da equipa seja homogénea. Obviamente que queremos ganhar e lutamos sempre pela vitória, mas nesta fase o que menos interessa são os resultados, pois esta é a altura de fazer experiências, testar alternativas e desenvolver novas estratégias e, como é óbvio, nesta fase é normal os erros acontecerem mais vezes, mas a realidade é que não conheço outra forma de crescer e evoluir.
Esta é a oportunidade para identificar os pontos onde temos de melhorar e trabalharmos arduamente nesse sentido, para que dentro de poucas semanas possamos estar bem preparados para atingir os objetivos a que nos propusemos para esta época. Sabemos o que estamos e como estamos a fazer as coisas, e na realidade estamos bastante satisfeitos com a resposta e progressão de todo o plantel nestas últimas semanas, e se tudo correr como até aqui, estaremos seguramente muito fortes e competitivos no arranque do campeonato."
5. Tendo em conta que este ano terão apenas uma equipa, qual acha que será a maior diferença com as épocas anteriores?
Será diferente a vários níveis, mas destaco 3, em primeiro, a intensidade dos treinos e consequentemente nos jogos, pois ter 15 atletas a treinar em vez 24 atletas ao mesmo tempo leva a uma maior intensidade, pois não há tempos mortos, em segundo, o conhecimento mútuo das atletas, nas épocas passadas existia este problema, pois como de jogo para jogo as convocatórias das atletas mudavam bastante, levava a que ligação entre elas e o conhecimento das características individuais entre todas uma fosse débil, o que nos prejudicava bastante no rendimento global da equipa, e por último a união do grupo, pois as mulheres por si só já são mais individualistas e mais difíceis de fazer um grupo compacto, agora com 24 atletas ainda mais difícil se torna, pois são muitas personalidades distintas e leva a que haja mais divisões no plantel, ao invés quanto mais curto o plantel for, mais unido e colectivo se torna. Creio que tudo isto se irá repercutir no nosso rendimento esta época.
6. O que você acha deste campeonato com 11 equipas e qual acha que são as equipas candidatas ao título?
Acho que vamos assistir ao campeonato mais competitivo dos últimos anos, o que me satisfaz e me motiva bastante. O Restauradores Avintenses parte obviamente como o principal candidato ao título, pois manteve a estrutura do plantel da época passada e ainda conseguiu reforçar-se, depois num plano seguinte vem a ACD Mindelo, EDC Gondomar, São Salvador do Campo e SC Canidelo que são equipas muito de valor similar, depois temos as Escolas de Arreigada que esta época reforçou-se muito bem e poderá ser um "outsider" na luta pelos primeiros lugares, sem esquecer o histórico Alfenense que é sempre um adversário muito difícil, bem como o CA Corim, o S. Romão e o Covelas que esta época reforçaram-se bem e por isso serão adversários muito difíceis de ultrapassar, até que por fim está a Paróquia da Carvalhosa, que não sei se conseguiu reforçar-se, mas que à partida são os que terão a tarefa mais complicada. Acho que esta época não haverá equipas invictas em pontos, pois há um maior equilíbrio, e quer a luta pelos lugares cimeiros, quer a luta pelos lugares de despromoção vão ser levadas até à última jornada.
7. O que acha da nova seleção distrital na categoria de seniores femininos?
Acho extraordinário, pois esta é uma competição que a nossa vizinha Espanha já tem há muitos anos e é a base para que o seleccionador possa ver as melhores atletas nacionais a defrontarem-se e assim observar "in loco" as suas capacidades, além de que sobe o nível de exigência competitividade e fomenta a aproximação de atletas e técnicos a nível nacional, e motiva as atletas a trabalharem com mais afinco para que sejam notadas e convocadas, o que a todos os níveis é de excepcional.
8. Qual é sua opinião das novas normativas do FPF?
Finalmente temos na direcção da FPF "pessoas do futsal" e que se preocupam com a evolução da modalidade no feminino, creio que estão a ser dados os passos certos para que a médio prazo o futsal feminino fique mais forte e organizado.
Que repercussão poderá ter no Futsal Feminino?
Acima de tudo, na evolução de todos os agentes desportivos ligados a modalidade, dirigentes, técnicos, atletas, etc, levando também à existência de uma maior notoridade, competividade e profissionalismo. Somos já uma potência mundial apesar do amadorismo que envolve a estrutura actual, agora imaginemos com condições onde poderemos chegar...
9. Acha que o futsal feminino tem evoluído? Onde?
O futsal feminino evoluiu bastante nos últimos 3 anos, desde o projecto "Jogo das Raparigas" que permitiu fazer um levantamento das debilidades do futsal feminino e desenvolver um plano estratégico para a sua melhoria, o aparecimento da seleção universitária e a reactivação da seleção nacional, tudo isto permitiu que aparecessem melhores treinadores, mais visibilidade nos media e estruturas mais organizadas e pensadas para o seu desenvolvimento, levando-nos a que hoje o futsal feminino esteja num patamar muito superior do que há poucos anos atrás.
10. A seleção universitária, acha que ajudou nessa evolução?
Sem dúvida, foi o ponto de partida para tudo o que foi dito na resposta anterior.
11. Qual são suas espectativas perante aprovação do campeonato nacional para o próximo ano?
É o passo final que ainda falta para que o futsal feminino definitivamente entre no rumo certo de crescimento e afirmação. Um campeonato nacional vai juntar as melhores equipas, técnicos e atletas do País, levando a um aumento da competividade e qualidade de todos os intervenientes, além disso, proporcionará um maior acompanhamento dos media no futsal feminino, o que trará vantagens para todos.
12. Perante essa próxima realidade, quais são as bases que pensa que são necessárias?
Apesar de alguma debilidades na qualidade dos técnicos e dirigentes e na mentalidade das atletas, creio que material humano existe mais que suficiente para dar esse passo, agora o que me preocupa são as estruturas financeiras e organizativas dos clubes, pois tenho receio que muitos clubes não tenham capacidade para dar esse passo ou que tenham a sua estrutura montada em "mecenas", que de um dia para o outro desaparecem e acabam num ápice com o sonho das atletas, técnicos e adeptos... é preciso ter a noção do passo que se vai dar e fazê-lo de forma sustentável e ponderada.
13. O que melhoraria no futsal feminino?
Neste momento, acho que as coisas estão a ir pelo caminho certo, daí que a minha maior preocupação actual vai para a formação (ou falta dela), acho que estamo-nos a esquecer que sem formação não há futuro... e vejo que as equipas de formação diminuem de ano para ano e na maioria das associações nem sequer existe campeonato de juniores. Na minha opinião, acho que as associações e clubes deveríam investir rapidamente na formação criando condições para fomentar a pratica de jovens atletas, deixo no ar algumas medidas que julgo serem exequíveis: Associações: Diminuir no mínimo em 50% o custo das inscrições de atletas com idade júnior; Determinar que os clubes da 1ª divisão devam ter obrigatóriamente equipas de formação, tal como acontece nos masculinos. Clubes: Desporto escolar - efectuar protocolos entre clubes e escolas da mesma zona, de forma a que se possam encontrar atletas e na maioría em idade muito jovem; Criar academias e/ou escolas de futsal.
Basta algumas associações ou clubes de futsal fazerem o que aqui é proposto e a formação crescerá exponencialmente!
14. O que acha da celebração do Mundial em Portugal no final do ano? Em que é que isso se poderá repercutir?
Acima de tudo proporcionará uma maior divulgação e acompanhamento dos media o que poderá levar a que cheguemos a muita gente que agora ainda não acompanha o futsal feminino, creio que compete-nos a todos nós aproveitar esse momento e divulgá-lo da melhor forma possível, tal como no masculino o Mundial da Guatemala em foi o "grito do Ipiranga" que fez a polulação nacional "acordar" para o futsal, tenho fé que o mundial em Portugal possa fazer o mesmo pelo futsal feminino.
15. Acha que os blogues que têm surgido estes últimos anos têm ajudado a divulgação do futsal feminino? Como?
Sem dúvida, os blogues fazem um trabalho excepcional de divulgação, fazendo chegar a todo lado informação que doutra forma não era possível, hoje por exemplo, em Vila Real sabem o nome de atletas e técnicos de equipas do Algarve e vice-versa, levando a um conhecimento global, e isto do exclusivo mérito dos blogues.
16. Umas palavras para os seguidores do Magiadofutsal...
Lutem, apoiem e divulguem o futsal feminino e, por favor, não fiquem sempre à espera que outros o façam por vós... se todos nós fizermos algo, por mais pequeno que seja, o futsal feminino ficará mais forte e reconhecido, tal como alguém disse um dia: "O desejo mede os obstáculos; a vontade vence-os".
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